O cobre está entre os minerais que possuem funções essenciais tanto na estrutura de tecidos e biomoléculas, como no próprio metabolismo, participando como cofatores enzimáticos, ativação de ação hormonal, como responsáveis pela pressão osmótica e pelo equilíbrio acidobásico. Os minerais podem ser divididos em macro e micronutrientes.
O cobre é um microelemento químico, assim como zinco, selênio e cobalto, e é representado pelo símbolo Cu (do latim cuprum). Ele participa de diversos processos no organismo, tais como a metabolização e absorção do ferro, necessário para a produção de energia; a formação de elastina e do colágeno, que são proteínas presentes em várias partes do corpo como, por exemplo, nos vasos sanguíneos; ação antioxidante, regulador do colesterol e produção de melanina, responsável pela pigmentação da pele e pelos.
Este elemento está presente em várias enzimas, como parte da citocromo-oxidase, enzima oxidase terminal na cadeia respiratória, que catalisa a redução de O2 para água, passo essencial na respiração celular. Ele também está presente na lisina oxidase que catalisa a formação do colágeno e elastina (a lisina oxidase influencia a solidez dos ossos, dos tendões e a elasticidade das paredes das artérias), no transporte de ferro necessário para a síntese de hemoglobina e no superóxido dismutase que protege as células dos efeitos tóxicos no metabolismo do oxigênio. A lisina oxidase, que favorece a reticulação do colágeno e da elastina da amino oxidases, permitem o metabolismo das aminas biógenas; e a tirosinase, que possui um papel na pigmentação da pele.
Doenças decorrentes da deficiência de cobre
Por estar envolvido no mecanismo de oxidação, sua deficiência leva a transtornos no metabolismo oxidativo, podendo manifestar-se de múltiplas formas. O cobre é transportado do fígado para os órgãos periféricos pela ceruloplasmina, que atua como armazenadora e transportadora para manter a homeostase desse elemento, que é o local de maior concentração desse mineral no organismo.
Na maioria das espécies, a taxa de absorção de cobre pelo intestino é baixa, sendo de 5 a 10% em adultos e de 15 a 30% em jovens. Essa taxa está regulada pela necessidade do organismo, pela forma química que está o elemento e pela quantidade de outros minerais que podem exercer efeitos antagônicos. O molibdênio é um importante fator na absorção do cobre; nos alimentos causam interferência na absorção intestinal de cobre.
Como o cobre faz parte de diversas reações no organismo, é componente fundamental de diversas enzimas e de vários tecidos. Por isso, a sua deficiência levará a diversas síndromes e prejuízos.
Mesmo sendo rara, as principais manifestações da deficiência de cobre são: anemia microcítica e hipocrômica, devido a redução do volume corpuscular e concentração de hemoglobina. Existem alguns sinais clínicos que tornam possível a constatação dessa deficiência, como a baixa pigmentação e a deficiência no crescimento; e a deficiência do sistema imunológico, já que as baixas no mineral levam à diminuição das células de defesa do sangue, aumentando a suscetibilidade para infecções.
Quando o cobre está em excesso ou em deficiência no sangue, é importante dosá-lo, fazendo o tratamento adequado. O acúmulo de cobre provoca dores musculares e nas juntas, distúrbios no aprendizado, depressão e fadiga.
Alimentos ricos em cobre
Os alimentos ricos em cobre são as carnes, frutos do mar, sementes e oleaginosas. Podemos citar também cereais integrais, nozes, verduras de folha, ervilhas, beterraba, fígado, rim, germe de trigo, legumes, amêndoas, amendoim, chá preto, soja, lentilha, batata doce e quinoa. A recomendação de consumo de cobre para adultos é de 900mcg (microgramas) diárias, sendo que o organismo humano contém cerca de 80mg de cobre para um homem de 70 kg.
O cobre é um nutriente importante para a saúde do nosso corpo, mas quando consumido em excesso também pode acarretar problemas. Ele tende a se acumular no sangue e, com isto, esgotar as reservas de zinco do cérebro. Além disso, altos níveis de cobre podem causar oxidação da vitamina A e diminuição da vitamina C, provocando dores musculares e nas juntas, distúrbios no aprendizado, depressão e fadiga.
O excesso de cobre também associa-se com: disfunções comportamentais, como irritação e depressão. Anemia aplástica e megaloblástica, talassemia, nefrite, Doença de Wilson, vários tipos de doenças hepáticas, esquizofrenia, eczema, anemia drepanocítica, Doença de Hodgkin, leucemias e outras doenças malignas.
Substâncias que interferem no metabolismo e absorção do cobre
1. Zinco, manganês e molibdênio em excesso prejudica a absorção.
2. Doença de Wilson – doença onde há baixa produção de ceruplasmina, proteína transportadora de cobre – acumulo localizado de cobre.
3. Penicilinamina – quelante de cobre.
4. Mercúrio, chumbo e cádmio – dificultam a absorção.
5. Dietas ricas em frutose (açúcar das frutas mel e maizena) dificulta a absorção do cobre.